O avanço das pesquisas em medicina permitem uma série de inovações que salvam a vida de milhões de pessoas todos os anos. Nessa semana, mais um desses casos ganhou as manchetes pelo mundo e gerou repercussão.
No Reino Unido, uma equipe médica do hospital Queen Charlotte’s and Chelsea, de Londres, comemorou um feito inédito em todo mundo: uma mulher conseguiu dar a luz após receber um transplante de útero.
O transplante, de forma geral, não é uma novidade no mundo da medicina. Muitos órgãos já são transplantados de forma bem-sucedida há muitos anos, mas o transplante de útero é algo novo.
Em 2023, Grace Davidson recebeu o útero de sua irmã. O transplante ganhou grande repercussão e, desde então, a comunidade médica acompanhava a paciente para descobrir se ela conseguiria ter uma gestação bem-sucedida.
Agora, dois anos depois, Grace deu a luz a uma bebê. Segundo informações do hospital, tanto a Grace, quando a bebê, estão em plena saúde. Em declaração à imprensa, Grace comemorou o parto e desejou que o transplante se torne uma possibilidade para mais mulheres.
A mulher desejou que “no futuro isso possa se tornar uma realidade maravilhosa e oferecer uma opção adicional para mulheres que, de outra forma, não seriam capazes de ter o próprio filho“.
Amy Purdie, irmã de Grace, já havia tido duas gestações antes de doar o útero. O procedimento aconteceu no Centro de Transplantes de Oxford, em 2023, e foi comemorado pela comunidade médica na época.
O professor-cirurgião Richard Smith, que coordena o setor de pesquisas em ginecologia, comemorou o caso de Grace como o “ponto alto” de uma pesquisa que já dura mais de 25 anos.
Grace nasceu com uma condição chamada Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, que impede a paciente de ter uma gestação bem-sucedida. Por isso, ela jamais poderia parir sem o transplante.