De forma recente, chegou uma notícia sobre uma das gêmeas siamesas vindas de São Paulo para Goiânia com o objetivo de serem separadas, se trata de Aruna.
Aruna apresentou sinais positivos de melhora em seu quadro clínico. A informação foi confirmada pelo médico responsável pelo caso, Zacharias Calil, que explicou que a criança está com a febre controlada e que o funcionamento do intestino foi restabelecido.
“Acabamos de fazer o curativo da Aruna e ela está apresentando evolução. Claro que o caso ainda exige muitos cuidados na UTI, mas já conseguimos reduzir alguns parâmetros clínicos. A febre começou a ceder, o intestino voltou a funcionar”, declarou.
As falas do médico foram publicadas através de um vídeo nas redes sociais. O médico explicou ainda que, embora a oxigenação da paciente esteja um pouco baixa por conta da manipulação durante os curativos, a equipe segue esperançosa com a recuperação.
A unidade de saúde informou que Aruna segue internada na Unidade de Terapia Intensiva, em estado grave, sendo monitorada de forma contínua por uma equipe multiprofissional.
Ela continua recebendo ventilação mecânica, está em dieta zero, mas apresenta diurese espontânea. Além disso, está passando por um processo de redução das drogas vasoativas e diminuição gradual da sedação.
Calil comentou também que, desde o início, a equipe médica sabia que Aruna era a gêmea que sustentava a vida da irmã, Kiraz. Por esse motivo, após a separação, Kiraz teve diversas complicações e infelizmente não resistiu.
A menina teve morte encefálica confirmada na manhã do dia 21 de maio, após complicações graves no pós-operatório. As gêmeas, naturais de Igaraçu do Tietê (SP), vinham sendo acompanhadas desde o início do ano.
A complexa cirurgia de separação foi realizada no dia 10 de maio e durou aproximadamente 19 horas. Um dos maiores desafios enfrentados pela equipe médica foi a divisão do fígado, que, segundo Calil, apresentava um volume e características atípicas.