O jovem que virou manchete nacional em 2017 por desaparecer misteriosamente agora trilha um novo caminho. Bruno Borges, o conhecido “Menino do Acre”, dedica-se a ministrar aulas online de projeção astral.
Em suas redes sociais, Borges oferece um curso que promete ensinar seus seguidores a vivenciarem saídas conscientes do corpo físico, além de desenvolverem sonhos lúcidos.
O fascínio de Borges pelo misticismo remonta à infância. Segundo ele, foi aos 12 anos que teve o primeiro contato com a chamada projeção astral, ao participar de comunidades no extinto Orkut. Um ano depois, já dizia ensinar a técnica a adultos interessados no tema.
De acordo com Borges, a prática ajuda a aliviar sintomas como ansiedade, insônia e estresse. Em vídeos publicados nas redes sociais, ele também afirma que o método pode ter utilidade prática no mundo dos negócios.
Segundo seu relato, em uma de suas experiências fora do corpo, teria encontrado um espírito com nome Alaôa Alaái, que o teria aconselhado sobre como compartilhar metas e sonhos com sua equipe de trabalho.
“Eu já tive milhares de desdobramentos astrais conscientemente desde a minha tenra idade (…) Você não só vê seres deste plano, como vê seres de outras dimensões que estão afim de compartilhar experiências, relatos, até passar ensinamentos. É a melhor maneira de você ter um contato de terceiro grau”, afirma Borges em um dos vídeos, ao responder sobre possíveis encontros com extraterrestres.
O interesse público por Bruno Borges começou em março de 2017, quando ele desapareceu subitamente de sua residência, em Rio Branco (AC), deixando para trás 14 livros escritos por ele e codificados, além de uma imagem do filósofo italiano Giordano Bruno, avaliada em R$ 7 mil.
A ausência durou mais de quatro meses. Durante esse período, o livro “TAC: Teoria da Absorção do Conhecimento”, escrito por Bruno antes de sumir, foi publicado. O caso atraiu atenção nacional pela atmosfera de mistério envolvendo símbolos, manuscritos e temas filosófico-espirituais. Quando reapareceu, no dia 11 de agosto daquele ano, Bruno retornou à casa dos pais.
A investigação sobre o desaparecimento foi conduzida pela Polícia Civil do Acre, mas acabou sendo arquivada. Para os responsáveis pelo inquérito, tratava-se de um caso de “ausência voluntária”.