Os bastidores políticos do futebol brasileiro são sempre um capítulo à parte de qualquer clube. No entanto, ao longo dos últimos anos, alguns escândalos tem chamado a atenção e estampado não os cadernos esportivos, mas sim os policiais.
Ao longo dos últimos dias, o Corinthians vive essa situação após ser alvo de uma investigação da Polícia Civil de São Paulo. O clube entrou na mira das autoridades após acordo de patrocínio com a VaideBet.
O inquérito foi concluído e, segundo reportagem da Gazeta Esportiva, figuras da diretoria do clube paulista foram indiciadas. Dentre os nomes, estão o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, e Alex Fernando André, conhecido como Cassundé.
Já o presidente do clube, Augusto Melo, também foi indiciado e enfrenta uma situação delicada. Ele pode responder por crimes de lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa..
O inquérito agora segue para o Ministério Público, que vai analisar os autos e decidir se presta uma denúncia à Justiça ou não. Os indiciamentos podem ser acatados na íntegra ou parcialmente, caso o MP represente o caso.
Após ser formalmente indiciado, Melo concedeu entrevista e afirmou que não pretende se afastar do cargo. A pressão sobre a diretoria do clube cresceu e um possível impeachment do presidente vem sendo discutido, mas a situação é delicada, segundo analistas.
“Não vou renunciar, estou muito tranquilo. Isso não é manchar o Corinthians. Eles fazem com que o Corinthians seja manchado, não eu. Tenho competência e represento uma marca forte. Sempre fiquei quieto nesse sentido. Tenho trabalhado muito”, disse Augusto Melo, que afirmou ser inocente.
Melo prosseguiu afirmando que confia na Justiça e deseja que as investigações continuem. O dirigente afirmou que não tem envolvimento no caso investigado e que se coloca a disposição das autoridades.