Moro acusa Bolsonaro: entenda a investigação do STF

O ministro do STF, Celso de Mello, autorizou uma investigação para investigar a queixa do ex-procurador-geral contra o presidente.

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Moro acusa Bolsonaro: entenda a investigação do STF

O ministro do STF, Celso de Mello, autorizou uma investigação para investigar a queixa do ex-procurador-geral contra o presidente.

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Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma investigação nesta segunda-feira (27) para investigar os comentários do ex-procurador-geral Sergio Moro O Presidente Bolsonaro tentou intervir politicamente nas queixas da Polícia Federal. O G1 preparou uma série de perguntas e respostas para ajudar a entender o caso. Confira:

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Legalmente, o que significa iniciar uma investigação?

Isso significa que o Supremo Ministro entende que certos elementos do discurso de Moro podem provar que a investigação anterior estava correta. Os dados coletados durante a investigação podem ou não levar ao início do caso, dependendo de o juiz considerar a evidência suficiente. Enquanto não houver ação judicial, ninguém poderá ser considerado réu. Portanto, uma investigação não significa que o juiz tenha condenado alguém.

O que vem a seguir

Uma investigação será agora conduzida para coletar evidências. A PF deve receber o testemunho de Moro dentro de 60 dias. Uma das medidas que podem ser tomadas durante a investigação é destruir o segredo telefônico, por exemplo, para verificar a autenticidade da troca de mensagens entre Moro e Bolsonaro. Moro apontou que o material era evidência da suposta interferência de Bornaro, e Jornal Nacional divulgou o material.

Com base nas evidências apresentadas, o tribunal decide se deve iniciar uma ação judicial.

Quem pediu ao STF para investigar?

O pedido foi feito pelo Ministro da Justiça Augusto Aras. O Ministério Federal de Assuntos Públicos, liderado por Aras, tem o direito de processar o Presidente da República em tribunal. Depois que Moro apresentou uma queixa na conferência de imprensa, o Ministro da Justiça se ofereceu para renunciar.

O que Sergio Moro disse?

Ao anunciar sua decisão de deixar o governo, Moro disse que Bolsonaro tentou intervir politicamente na polícia federal. O ministro afirmou que uma das razões para deixar o ministério foi a demissão de Mauricio Valeixo, um ex-diretor de PF em quem ele confiava. Moro disse que Bolsonaro decidiu mudar a direção geral das relações familiares porque queria obter informações sobre as investigações de sua família. Moro também afirmou que Bolsonaro manifestou preocupação com a investigação em andamento do STF.

Além disso, o ministro também mostrou imagens de uma conversa por telefone celular com o presidente. Um deles mostra que o presidente enviou a Moro um link para a história da PF, que é a “cauda” de 10 a 12 representantes bolonaristas. Na impressão, Jair Bolsonaro escreverá esse número: “Outra razão para mencionar a troca”, tomando Valeixo como exemplo.

https://globoplay.globo.com/v/8514583/

Que motivo Celso de Mello autoriza a investigação?

“Segundo o então ministro da Justiça e Segurança Pública, os crimes supostamente cometidos pelo Presidente da República parecem continuar (…) Além de exercer a presidência, também está intimamente relacionado – Depende do tempo da prática alegada – O ministro escreveu: “A relação entre as relações contemporâneas e as funções políticas e legais inerentes à atual liderança executiva”.

Como a PF escolhe um representante para investigar?

Na Polícia Federal, o responsável pela luta contra o crime organizado nomeia o representante responsável pela investigação. O atual diretor da região, Igor Romário de Paula, disse que submeterá sua escolha ao novo gerente geral da PF, Alexandre Ramagem (Alexandre Ramagem), para aprovação. Ramagem foi nomeado comandante da Frente Popular na terça-feira (28) e tem um relacionamento amigável com a família Bolsonaro. Foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O Presidente da República pode ser alvo de uma investigação durante o seu mandato?

Sim, de acordo com a Constituição, se a investigação envolver atividades fora do escopo do mandato, a investigação não poderá ser iniciada, o que não é o caso.

A Câmara deveria aprovar Bolsonaro como objeto da investigação?

Não cabe a Câmara dar um aval para investigação. De acordo com a Constituição, os representantes devem estar autorizados a iniciar um processo criminal contra o Presidente da República. A ação judicial é um passo após a investigação.

No processo final, em que tipo de crime Bolsonaro pode cair?

Segundo a solicitação de Augusto Aras, se forem descobertas violações, as ações de Bolsonaro podem ser classificadas como os seguintes crimes: falsidade ideológica, coação no processo, advocacia administrativa, má conduta e obstrução da justiça.

Celso de Mello mencionou algum crime que Moro possa ter cometido?

Em seu pedido de investigação, Aras afirmou que, se Moro não provar as acusações, ele poderá ser acusado de difamação e crimes contra a reputação. Na decisão, o ministro Celso de Mello ignorou a declaração do ministro da Justiça sobre Moro. Mello não incluiu nenhum crime supostamente cometido por Moro na decisão. O presidente mencionou apenas os fatos descritos pelo ex-ministro que afetaram Bolsonaro.

 

Outras pessoas serão investigadas na investigação?

 

Na segunda-feira, o pedido de investigação apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi anexado ao Ministério Público. No documento, os membros do Congresso pediram à PGR para apreender o telefone (PSL-SP) da congressista Carla Zambelli (PSL-SP) para investigação.

O Jornal Nacional também enviou informações enviadas pelo ex-ministro para divulgar a suposta troca de informações entre os Moro e os deputados. Entre eles, Carla Zambelli propôs “conciliar” a nomeação de Moro para o STF e garantir a existência do ex-juiz no governo.

Em resposta à renúncia de Moro, Bolsonaro afirmou que o ex-ministro fez da mudança de direção da PF uma condição para a nomeação do Supremo Tribunal Federal. Sergio Moro mostrou o que havia comunicado com Carla Zambelli ao Jornal Nacional e foi considerado evidência de negação da alegação.

A inclusão de Zambelli na investigação ainda não foi decidida.

Via: g1.globo.com

Escrito por

News Report

Colunista de notícias, visando levar a informação à leitores diversos, através da internet, mídias sociais, redator de plataforma em diversos assuntos.