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O escritor Sérgio Sant’Anna morreu hoje aos 78 anos e foi vítima de Covid-19. Desde domingo passado, ele foi internado no Hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro. A irmã de Sérgio e também escritora, Sonia Sant’Anna confirmou a notícia.
“Estranho ter a certeza que não verei mais aquele que eu conheci quando nasceu. Me lembrou muito bem, na Casa de Saúde São José, em Humaitá. Sendo a sua irma mais velha, eu tinha 4, quase 5 anos. Me prometeram uma irmã, cuja qual seria chamada de Vânia, mas fiquei muito brava quando me apresentaram um irmãozinho, o hospital estava em déficit do nascimento de meninas. Mas, ao olhar pela janela de vidro no berçário, lá tinham alguns bercinhos ocupado com seus bebês e com lacinhos cor de rosa, sinalizando que havia meninas por ali. Mas, logo me acostumei com a ideia e nos tornamos grandes amigos”, escrevendo Sonia em sua página do Facebook.
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Ganhador pro três vezes do prêmio Jabuti, com as obras: “O Concerto de João Gilberto no RJ”, “Amazônia”, novamente lançado em 2019, e “Um crime delicado”. O escritor era considerado um dos principais escritores contador de contos no Brasil. Teve suas obras traduzidas em tcheco, francês, italiano e alemão e também adaptada para filme no cinema.
O escritor é pai de André Sant’Anna, também escritor, completou 50 anos de carreira no ano passado, em outubro. Seguiu escrevendo e fez publicações inéditas em meio a pandemia. “Anjo Noturno” foi eu último livro (Companhia das Letras), em 2017.
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Escritores e amigos lamentaram a morte de Sérgio. Xico Sá deixou em destaque que o autor estava indignado e produzindo muito. Daniel Galera, escritor, elogiou Sérgio Sant’Anna de “mestre dos contos” que “vinha colecionando livros sensíveis.
Ninguém andava mais indignado com o estado fascista das coisas do que Sérgio Sant’Anna. Mestre da ficção, perguntava como chegamos à realidade bolsonarista. Lá se foi o artista do conto brasileiro, como em um voo na madrugada, vítima de coronavírus. Descanse em paz
— xico sá (@xicosa) May 10, 2020
Além de escritor, Sérgio Sant’Anna era advogado, professor de universidade e escritor brasileiro. Por mais que houvesse publicado peças de teatro, poesias, romances e novelas. Mas, se considerava antes de tudo, um contista (contador de contos).
Via: entretenimento.uol.com.br