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A idosa Paula Morais, de 97 anos, aguarda sentada numa poltrona, desde a tarde dessa última terça-feira, em Natal por um leito de internação. A idosa apresenta todos os sintomas para o novo coronavírus, incluindo 42 graus de febre. A família da idosa, chamou o (Samu), pelas 11 horas desta terça.
Quando a ambulância chegou, teve que ficar estacionada na frente da casa da idosa, por duas horas, porque os profissionais de socorro, não sabiam para onde a poderiam levar. A idosa que é de Natal, onde neste momento todas as unidades de atendimento para a doença, se encontram atualmente no limite.
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Infelizmente o caso, não aconteceu apenas com a idosa, já numa cidade ao lado, uma paciente ficou aguardando atendimento deitada na calcada da UPA de Nova Esperança.
A ambulância, ainda se dirigiu até à Upa da cidade de Esperança. Mas quando chegaram na unidade, foram recebidos por familiares e socorristas que deram a confirmação do lógico o que já se poderia esperar: não havia vagas.
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Incluindo uma outra idosa, que também estava à espera de um leito para internamento, muito antes da chegada da Dona Paula. A mulher com 97 anos, entretanto foi colocada em outra ambulância,e transportada até ao UPA Pajuçara, que fica do outro lado da cidade.
Ao chegar no UPA, a idosa também não tinha vaga. Então foi deixada ali, numa poltrona às 14h, onde continua sentada ate ao momento. “Uma situação que jamais deveria acontecer, é desumano.
Ela está numa sala colada, juntamente com outras pessoas, tossindo uns em cima dos outros, e eles os médicos estão cansados que não conseguem mais fazer os atendimentos”, conta a neta de Dona Paula.
“Ela nem conseguiu descansar. Imagine só uma pessoa com 97 anos, nesse tipo de situação, onde não existe o minimo de dignidade. A agulha que ela tinha do soro, estava sempre a sair, por ela se mexer demais para ter posição para estar, exatamente por estar ali sentada desconfortável.
Ainda a tentamos mudar para uma cadeira de rodas, mas infelizmente ela acabou por fazer um corte na perna, e a unidade estava sem material para fazer o curativo”, continua a neta.
Sem sucesso, no tratamento da idosa, a família quer trazer de novo para casa. Eles até tentaram através de uma ambulância de atendimento privado, mas todos os veículos estão retidos com pacientes em diversas unidades de saúde.
Raíssa acrescenta ainda, que está a fazer de tudo para reunir recursos financeiros,para conseguir efetuar a compra de um cilindro de oxigênio e contratar um especialista em enfermagem, para conseguir manter a avó em tratamento em casa.
“O regresso dela para casa, depende disso. No minimo precisa ter dignidade, ela não pode continuar lá na UPA naquelas condições”, finaliza.
Via: g1.globo.com