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A enfermeira Bruna Mercedes está em isolamento obrigatório em sua casa que fica em Ribeirão Preto em São Paulo depois que seu marido morreu com coronavirus.
O marido de Mercedes era farmacêutico, tinha 36 anos e se chamava Gustavo Mercedes, ele foi o primeiro paciente a morrer com coronavirus no interior da capital paulista.
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O marido de Bruna estava lutando contra um mieloma múltiplo há dois anos, esse tipo de câncer atinge as células da medula óssea provocando insuficiência renal, ele estava internado e morreu na última quinta-feira (26).
A enfermeira Bruna não pôde velar o marido por causa das medidas de segurança para evitar que ela fosse infectada pela doença.
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Em um triste desabafo, a esposa disse que eles nunca imaginaram isso e continuou dizendo que o coronavirus é uma doença que tira a dignidade da pessoa até mesmo para morrer, por que as vítimas são enterradas em um caixão lacrado e o corpo é enrolado em dois sacos plásticos, a pessoa não pode ter sequer uma roupa para ser enterrada.
Isso sem falar no fato de a família não poder se despedir de seu ente querido, Bruna disse que a família do marido é do norte e eles não conseguiram chegar para o sepultamento que aconteceu muito rápido.
Bruna disse que a doença não apresentou os sintomas comuns. O farmacêutico não teve febre alta e nem sintomas de gripe, ele teve vômitos e fraqueza. Bruna contou que no dia 10 de março seu marido se sentiu mal, mas pensou que fosse algo comum, ele contou para esposa no momento em que fazia hemodiálise.
O farmacêutico ia ao hospital 3 vezes por semana, ele não resistiu as complicações causadas pela Covid-19 e faleceu. Uma grande tristeza enfrentada por milhares de famílias pelo mundo inteiro, pois a cada dia o número de mortos pela doença só aumenta.
Via: g1.globo.com