Gêmeas siamesas são separadas após procedimento cirúrgico que chegou a durar mais de 50 horas

Safa e Marwa Ullah nasceram unidas pelo crânio e foram separadas no início do ano em um hospital britânico

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As gêmeas Safa e Marwa Ullah, do Paquistão, nasceram unidas pelo crânio. Durante algum tempo de suas vidas, as garotas permaneceram dessa maneira.

Entretanto, recentemente, Safa e Marwa passaram por uma cirurgia com o objetivo de separa-las. Após um longo período de internação e um procedimento cirúrgico que chegou a durar mais de 50 horas, as gêmeas foram separadas com sucesso. As informações supracitadas foram fornecidas pelo hospital britânico responsável pela realização da cirurgia na última terça-feira (16), quatro meses da internação e início da preparação para o procedimento.

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As meninas receberam alta no dia 11 de fevereiro desse ano. Entretanto, somente agora o hospital Great Ormon Street liberou, por meio de uma nota, mais informações acerca do caso de Safa e Marwa.

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Gêmeos conjugados, que também são chamados de gêmeos siameses, são ocorrências bastante raras, de acordo com Owase Jeelani, médico especializado em neurocirurgia e responsável por acompanhar o caso. De acordo com ele, a possibilidade de que gêmeos venham a nascer dessa maneira é de uma em um milhão ou de uma para cada dois milhões de recém-nascidos.

Jeelani também relatou que os procedimentos de separação de gêmeos siameses são bastante complexos e demandam muitos estudos. Ele, entretanto, se mostrou otimista quanto os prognósticos de recuperação das garotas. Nesse sentido, Jeelani informou que antes dos três anos de idade Safa e Marwa estarão andando.

As gêmeas nasceram na cidade de Charsadda, localizada no Paquistão, em janeiro de 2017. Ao Great Ormon Street elas foram encaminhadas quando completaram 19 meses de idade. O processo que culminou em sua separação começou em outubro de 2018, quando as gêmeas foram internadas. Para que a separação fosse possibilitada, réplicas feitas por meio de impressoras 3D foram feitas, de modo que os profissionais envolvidos na cirurgia pudessem praticar o procedimento antes de precisar executa-lo, aumentando assim as possibilidades de sucesso.

Depois de cinco meses hospitalizadas para passar por um processo de intensa fisioterapia, Safa e Marwan receberam alta. Desde o início do mês de julho as meninas estão em casa, em companhia de sua família, completando o seu processo de recuperação da cirurgia de separação.

 

Escrito por

Pedro Henrique

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