Homem negro é mais uma vítima do racismo de seguranças brancos em supermercado.

Às vésperas do dia da Consciência Negra, fomos surpreendidos pela notícia da morte de mais um negro, vítima de uma violenta abordagem de seguranças brancos em uma das redes do Carrefour no Rio Grande do Sul. João Alberto Silveira Freitas, aos 40 anos, foi espancado até a sua morte, no estacionamento do supermercado em Porto Alegre.

Segundo testemunhas, a confusão iniciou com o desentendimento entre João e uma das funcionárias do estabelecimento.

Após isto, os seguranças foram acionados e o abordaram de forma violenta.  Ainda não há conhecimento da polícia, sobre o que motivou a discussão entre João Alberto e a mulher. Porém há um consenso dentro das análises do caso de que não existem justificavas para o que aconteceu. Uma pessoa ser espancada até a morte só revela o despreparo e o preconceito de muitos seguranças em diversos estabelecimentos em nosso país.

As discussões sobre o caso, falam sobre racismo, e dão luz à diversas reflexões sobre outros casos que ocorrem todos os dias em nossa sociedade.

Negros são submetidos a muitas situações constrangedoras em estabelecimentos comerciais, como um olhar atento dos funcionários aos passos de clientes negros no interior das lojas, uma recusa desses mesmos funcionários a atenderem pessoas de cor ou até mesmo um atendimento diferenciado ao que dão aos clientes brancos.

A morte de João Alberto, hoje estampa os principais veículos de notícias do Brasil e do mundo, e vem gerando revolta em todos, não só  dos que fazem parte de movimentos negros, mas também daqueles que ficam indignados com as tristes histórias reais de racismo que se tornam cada vez maiores em nosso país.