Um homem morreu com óbito assinado por falta de insuficiência respiratória grave, mas na verdade 26 dias depois foi confirmado que estaria com o coronavírus. Gilberto Loiola, de 74 anos, apaixonado por viagens, ele fez a sua última viagem num cruzeiro até o Caribe, acompanhado com a família e parentes, no inicio de março.
Ainda nessa mesma altura, a filha nunca imaginou que a doença já estivesse tao perto da família, na sequência ela perdeu o pai e o sogro com o novo coronavírus.
“Nós estávamos acreditando que ele estaria longe,como na altura os números eram baixos,a gente sempre pensou que estaria longe”.
O casal, regressou de viagem no dia 15 março,e três dias depois, Gilberto começou a ter os primeiros sintomas leves, e se dirigiu até ao UPA da cidade, mas os médicos disseram para ele ir para casa. Já no dia 21, os sintomas continuaram, e ficaram um pouco mais intensos, a família começou a pensar que poderia se tratar de algo emocional.
“Nós pensamos que era algo com o psicológico, pois ele sempre foi uma pessoa muito ansioso. Como ele foi atendido, e a médica falou que estava tudo bem, ficamos mais aliviados”.
Já no dia 27, ele dirigiu-se novamente ao centro de saúde, e realizou alguns exames para ver se o pulmão estaria comprometido, mas nada foi encontrado. Passado três dias, ele voltou a sentir falta de ar, e se dirigiu a um hospital privado onde de imediato foi internado.
Já no dia seguinte, ele foi levado para a UTI, de um hospital público, porque a família não conseguia suportar os custos ali. Gilberto, realizou diversos exames do coronavírus, e acharam anti-corpos da doença.
Então acabou por ficar internado, em tratamento mas acabou por não resistir e morreu no dia treze de abril. Depois de ter sido comprovado a doença, o resto da família realizou o teste mas ninguém estava infectado.
Ainda nessa viagem, o sogro também foi mais uma vítima fatal para a doença. Nilton Augusto, viajou no mesmo cruzeiro com a família de Carina, e também foi internado no dia 27.
“Nós sabíamos do coronavírus, mas mesmo quando ele fizeram a viagem, aqui ainda não tinha muitos casos, e para onde eles estavam indo, não tinha nada.
Já a operadora do cruzeiro, prometeu que iria realizar uma fiscalização. Então acabamos por ficar mais tranquilos”, relata Carina. Segundo Carina, a situação do sogro era mais preocupante, mas os exames demoraram menos tempo a estar prontos. O Nilton ficou internado, e acabou por falecer uns dias depois de Gilberto.
Via: g1.globo.com