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Infelizmente, 2020 não está sendo um ano fácil para ninguém, depois de centenas de pessoas terem morrido com a doença, os familiares sobrem com a dor da perda sem o último adeus.
É o caso da dona de casa Marlene dos Santos, perdeu o pai para a doença em Piauí. E relata a dor da perda, sem direito a dar o último adeus, um funeral rápido e isolado sem a presença da família.
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Ela relata que sente ainda uma dor sem explicação, por não ter acompanhado o último adeus ao pai de 80 anos. Nem o cemitério a família pode escolher.
“Aquela dor sem explicação, sem contexto, é ruim demais, entendeu?”, chorou ao narrar em ter a sua dor em duplo, sem conseguir despedir do idoso.
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Marlene conta emocionada, que foram 35 dias sem poder ver o pai, ele estava internado e não podia receber visita, e nem depois da morte, conseguiu realizar a sua última homenagem.
Após sete dias, do velório expresso, ela relata o sentimento de perder um familiar por causa do novo coronavírus.
“Eu estava sem saber, onde ele foi sepultado. Mesmo tendo um terreno no cemitério de Buenos Aires, eles falaram que não dava para aguardar. É assim atualmente, morreu, enterrou, sem saber onde, e como, além dos dias angustiantes de internamento, sem poder nunca mais ver o meu pai”, lamenta.
Infelizmente, não é só Marlene que está a sofrer com esse drama, só no estado do Piauí, mais de três centenas de pessoas morreram com a doença.
Mesmo assim segundo as regras do Ministério da Saúde, os enterros das pessoas que faleceram com o vírus, pode ter participação até dez pessoas, desde que não incluíam idosos, ou pessoas com doenças crônicas.
E podem ter a duração até três horas de cerimônia, desde que sigam as normas de Vigilância Sanitária. Além disso tem que respeitar a distância até minimo dois metros, e o caixão precisa estar lacrado durante o velório.
Via: g1.globo.com